W.R. Santos

A Rejeição da Maternidade

A rejeição da maternidade, comum na cultura moderna, não é uma simples escolha individual, mas uma oposição direta à lei de Deus e à ordem da criação. Desde o princípio, o Senhor estabeleceu o casamento para gerar uma descendência piedosa (Gn 1.28; Ml 2.15). Quando mulheres e homens negam esse chamado, alinham-se ao espírito da época marcado pelo feminismo, hedonismo e consumismo — ideologias que desprezam a vida e exaltam o “eu”.

À luz da cosmovisão cristã, a maternidade é bênção, vocação e sinal da aliança. Rejeitá-la é rebelar-se contra o Criador; abraçá-la é testemunhar a soberania de Cristo sobre a vida, a família e as gerações futuras.

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Cosmovisão

Religião Oculta da Lei

Toda lei expressa uma divindade. Quando uma lei ou Constituição é elevada como fundamento absoluto de moralidade e justiça, ela deixa de ser apenas um texto jurídico e se torna uma divindade secular. Nesse cenário, o STF assume um papel sacerdotal, funcionando como intérprete do “deus constitucional”.

O problema, portanto, não é apenas político, mas teológico: substituir a Lei de Deus por qualquer outro fundamento é idolatria. Lei e tribunais, por mais respeitáveis que pareçam, não podem sustentar a verdade nem produzir justiça real. Somente a Lei de Deus, revelada nas Escrituras, é base legítima e justa para a vida social.

Em última instância, toda sociedade terá um deus legislador — a questão é: será o Criador, ou um falso deus criado pelo homem?

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Política

Dooyeweerd e Agostinho: ruptura ou legado?

Este artigo expõe uma distinção metodológica crucial entre Agostinho e Herman Dooyeweerd quanto à natureza do ser humano e às raízes filosóficas da teologia cristã. Enquanto Agostinho aceita categorias platônicas — como o dualismo entre corpo e alma — para expressar verdades da fé, Dooyeweerd denuncia essa apropriação como um desvio estrutural. Segundo ele, a raiz forma-matéria, herdada da filosofia grega, fragmentou a visão cristã da realidade e introduziu uma divisão artificial entre natureza e graça.

Em contraste com a concepção agostiniana do ser humano como uma “alma racional” que habita um corpo, Dooyeweerd propõe uma antropologia reformacional: o ser humano é uma totalidade encarnada, estruturada por diversos modos de existência e religiosamente dirigida a partir do coração — o núcleo supra-temporal da pessoa. É nesse coração, não na razão ou na alma, que ocorre a conversão autêntica e a comunhão com o Criador.

Essa visão rompe com a tradição filosófica grega e reconstrói uma antropologia verdadeiramente bíblica, centrada na Palavra de Deus e na integridade da criação.

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Artigos de Fé

 Cavalo de Troia do Estado 

Este artigo denuncia como a institucionalização da infância — seja pelo Estado ou até mesmo por algumas igrejas — enfraquece a autoridade dos pais e rompe com o modelo bíblico de família. Em vez de apoiar a presença dos pais na formação dos filhos, o sistema atual empurra ambos para fora do lar, usando mecanismos como a inflação e políticas públicas disfarçadas de “apoio”. A crítica central não é às mães que trabalham, mas à estrutura que as impede de escolher livremente. O texto chama ao arrependimento e ao retorno ao papel original da família segundo as Escrituras.

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Cosmovisão, Educação, Notícias

A Superioridade da Cosmovisão Bíblica para a Economia

A cosmovisão bíblica oferece uma base sólida, justa e coerente para a economia, diferente das abordagens seculares que se apoiam em relativismos morais e interesses humanos mutáveis. No centro dessa visão está a lei de Deus, que revela princípios eternos de justiça, propriedade, trabalho, generosidade e honestidade. Textos como Êxodo 20, Levítico 19 e Amós 8 demonstram que Deus se importa profundamente com questões econômicas e sociais. Autores reformados como Gary North argumentam que a Bíblia apresenta um modelo econômico descentralizado, baseado em contratos voluntários, propriedade privada legítima e responsabilidade familiar — tudo sob o senhorio de Cristo. Diferente de ideologias estatistas ou individualistas, a economia bíblica é teonômica: submissa ao governo de Deus, e não às vontades humanas. Assim, a verdadeira justiça econômica só pode florescer quando fundamentada na imutável lei do Senhor.

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Cosmovisão, Economia

Teonomia e o Governo de Deus: Da Família às Nações

O artigo apresenta uma visão teonômica integrada do governo de Deus, articulando o pensamento de R.J. Rushdoony com as verdades reveladas no Salmo 2 e em Malaquias 2.15. A teonomia, como definida por Rushdoony, afirma que a Lei de Deus é a única base legítima para a justiça civil, moral e social. Cristo reina soberano sobre todas as esferas — não apenas sobre a igreja, mas também sobre o Estado, a família, a educação e a cultura.

O Salmo 2 proclama a entronização do Messias e convoca os reis e autoridades da terra a se submeterem ao seu domínio. Essa submissão não é meramente espiritual ou simbólica, mas prática e política, exigindo que as nações sirvam ao Filho com temor e tremor.

Entretanto, o avanço desse Reino não se dá de forma abstrata ou apenas institucional. Malaquias 2.15 revela que o ponto de partida do domínio de Cristo é a família. Deus une marido e mulher para gerar uma “descendência piedosa”, ou seja, filhos que vivem sob o governo da Palavra. O lar é o primeiro governo; nele, o pai é chamado a agir como sacerdote-rei e a mãe como edificadora da casa, formando os futuros agentes de transformação cultural.

Assim, a teonomia não é uma ideologia político-religiosa utópica, mas um chamado à fidelidade total que começa na aliança do lar e se estende até a submissão das nações. O Reino de Deus avança de dentro para fora, de baixo para cima, por meio de famílias aliançadas que vivem e ensinam a justiça da Lei do Senhor.

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Cosmovisão, Política, Sociedade

“Irei ao Púlpito sem Influência Política” — Uma Falácia à Luz de Roy Clouser

O artigo reflete sobre a falácia da “neutralidade política” no púlpito das igrejas cristãs, a partir de uma pergunta feita a um jovem candidato ao pastorado: *“É possível haver neutralidade política na tribuna da igreja?”* A resposta equivocada recebida revela um problema teológico mais profundo: a crença de que é possível separar fé e política.

Baseando-se na obra *O Mito da Neutralidade Religiosa*, de Roy Clouser, o autor argumenta que toda cosmovisão — inclusive a política — parte de pressupostos religiosos, ainda que implícitos. Assim, afirmar neutralidade é ingenuamente ignorar que todos os posicionamentos já estão ancorados em valores espirituais ou ideológicos.

O texto denuncia o risco de líderes cristãos adotarem uma postura de “isenção” que, na prática, entrega o púlpito às ideologias dominantes do mundo moderno — como o secularismo, a autonomia humana ou o progressismo ético. Em vez de fugir da política, a igreja deve confrontá-la com a verdade do Evangelho, que proclama o senhorio total de Cristo sobre todas as áreas da vida.

A conclusão é clara: o verdadeiro problema não é politizar o púlpito, mas secularizá-lo em nome de uma neutralidade ilusória. A igreja precisa de pregadores fiéis, não neutros, que proclamem corajosamente a cosmovisão cristã em todas as esferas — inclusive a pública e política.

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Política