Teonomia e o Governo de Deus: Da Família às Nações
O artigo apresenta uma visão teonômica integrada do governo de Deus, articulando o pensamento de R.J. Rushdoony com as verdades reveladas no Salmo 2 e em Malaquias 2.15. A teonomia, como definida por Rushdoony, afirma que a Lei de Deus é a única base legítima para a justiça civil, moral e social. Cristo reina soberano sobre todas as esferas — não apenas sobre a igreja, mas também sobre o Estado, a família, a educação e a cultura.
O Salmo 2 proclama a entronização do Messias e convoca os reis e autoridades da terra a se submeterem ao seu domínio. Essa submissão não é meramente espiritual ou simbólica, mas prática e política, exigindo que as nações sirvam ao Filho com temor e tremor.
Entretanto, o avanço desse Reino não se dá de forma abstrata ou apenas institucional. Malaquias 2.15 revela que o ponto de partida do domínio de Cristo é a família. Deus une marido e mulher para gerar uma “descendência piedosa”, ou seja, filhos que vivem sob o governo da Palavra. O lar é o primeiro governo; nele, o pai é chamado a agir como sacerdote-rei e a mãe como edificadora da casa, formando os futuros agentes de transformação cultural.
Assim, a teonomia não é uma ideologia político-religiosa utópica, mas um chamado à fidelidade total que começa na aliança do lar e se estende até a submissão das nações. O Reino de Deus avança de dentro para fora, de baixo para cima, por meio de famílias aliançadas que vivem e ensinam a justiça da Lei do Senhor.
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Cosmovisão, Política, Sociedade