“Irei ao Púlpito sem Influência Política” — Uma Falácia à Luz de Roy Clouser
O artigo reflete sobre a falácia da “neutralidade política” no púlpito das igrejas cristãs, a partir de uma pergunta feita a um jovem candidato ao pastorado: *“É possível haver neutralidade política na tribuna da igreja?”* A resposta equivocada recebida revela um problema teológico mais profundo: a crença de que é possível separar fé e política.
Baseando-se na obra *O Mito da Neutralidade Religiosa*, de Roy Clouser, o autor argumenta que toda cosmovisão — inclusive a política — parte de pressupostos religiosos, ainda que implícitos. Assim, afirmar neutralidade é ingenuamente ignorar que todos os posicionamentos já estão ancorados em valores espirituais ou ideológicos.
O texto denuncia o risco de líderes cristãos adotarem uma postura de “isenção” que, na prática, entrega o púlpito às ideologias dominantes do mundo moderno — como o secularismo, a autonomia humana ou o progressismo ético. Em vez de fugir da política, a igreja deve confrontá-la com a verdade do Evangelho, que proclama o senhorio total de Cristo sobre todas as áreas da vida.
A conclusão é clara: o verdadeiro problema não é politizar o púlpito, mas secularizá-lo em nome de uma neutralidade ilusória. A igreja precisa de pregadores fiéis, não neutros, que proclamem corajosamente a cosmovisão cristã em todas as esferas — inclusive a pública e política.
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